Taxonomia Sustentável Brasileira
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- 27 de mar.
- 2 min de leitura
Autora: Arq. Dra. Alessandra Brito
Data: Fevereiro, 2025

Já ouviu falar sobre Taxonomia Sustentável Brasileira (TSB)? Sabe o que é, ou qual o impacto ela trará na sua atividade profissional ou negócio?
A Taxonomia é um conjunto de "critérios e indicadores específicos que permitem avaliar se uma atividade contribui para a sustentabilidade e/ou para a transição para uma economia sustentável" (Associação Internacional de Mercado de Capitais, 2021). No país, ela está em processo de desenvolvimento e, no momento, está com a segunda rodada de consulta pública aberta.
A TSB está sendo desenvolvida visando mitigar as mudanças do clima. Ela é uma das ações descritas na última NDC Brasileira (2024) em relação aos compromissos que o país assumiu com o Acordo de Paris para alcançar a neutralidade de carbono até 2050.
A TSB é um instrumento que tem duas abordagens:
- OPERACIONAL: implica em mudanças de processos e/ou tecnológicos, incluindo investimentos em energias renováveis, eficiência energética, transportes sustentáveis, gestão de água e resíduos, entre outros.
- FINANCIAMENTO VERDE: impulsionando atividades que aumentam o fluxo de capitais em direção a projetos, iniciativas e tecnologias que possuem um impacto ambiental positivo.
A taxonomia brasileira elencou alguns setores prioritários, dentre eles a construção civil, considerada um setor com baixo nível de industrialização e grande emissora de gases de efeito estufa. No entanto, nos últimos anos, em especial após a cheia de maio de 2024, no Rio Grande do Sul, temos visto o impulsionamento da fabricação de residências por métodos industrializados e offsite, visando reduzir o déficit habitacional no RS, mas que também beneficiará o resto do país.
A Taxonomia conversa diretamente com a descarbonização, pois ambas buscam MEDIR QUANTITATIVAMENTE os impactos POSITIVOS dos processos. Com a aprovação da Lei 15.042/2024, que emitirá licenças de emissão de CO2e, a pressão para investir em descarbonização será cada vez maior, visto que, a empresa que emitir além de sua licença terá que comprar créditos de carbono de quem emitiu menos.
A decisão é sua! Investir AGORA em descarbonização, aproveitando o período de implementação da lei (até 2031), ou arcar com custos mais altos no FUTURO, quando a demanda por consultorias e inventários será ainda maior.
Descarbonizar não é simples, rápido ou barato, mas é mandatório. A Taxonomia facilita o acesso ao financiamento verde, abrindo portas para a implementação de medidas sustentáveis.
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